30.12.15

Medo no Rio Grande do Sul!

Não vivo mais em Porto Alegre, mas seguidamente vou até lá e o clima de medo me impressiona.
Moro em Florianópolis, uma cidade menor, mas com polícia ostensiva na rua. E assim é nas cidades que seguidamente visito: Campinas, Curitiba, duas cidades do porte de Porto Alegre, São Carlos e São Paulo.
Fiquei impressionada com o relato da amiga Mirela Alvez Braz, no Facebook, e resolvi divulgar aqui.
 "Ontem, 29/12, as 10h30 a.m., minha mãe foi vítima de roubo-assalto à mão armada, com ameaça de morte. Algumas pessoas, um transeunte e um taxista viram o que ocorria e se omitiram.
 Ligamos para o 190, onde o interlocutor, ao ser informado do local do assalto, informou que já estava a par do ocorrido com Dona Sandra...só que minha me chama Maria, o que explicitei a ele, que não quis anotar os dados, pois os assaltos foram em sequencia no mesmo local-logo bastavam os dados da outra vítima: Dona Sandra.
Foram três ligações para o 190 insistindo em que comparecessem ao local e a resposta: Temos muitas ocorrências. Passamos de carro pelo posto do Bom Fim, o qual aparentava tranquilidade e tinha uma viatura em frente.
Conhecidos ao ouvirem o relato, deram de ombros: ela apenas entrou para as estatísticas-mais um número. E, seu desgaste, uma bobagem, já que, lhe fizeram o favor de deixar com vida e ilesa fisicamente. Sim, porque aparentemente ninguém mais está ileso psicologicamente, do clima de insegurança que vivemos no Estado, já que tais fatos são compreendidos como a normalidade absoluta.
Enquanto isto, o pai de Dóris chora a perda de uma recém formada de vinte e um anos de idade, ganhando as páginas principais de todos os jornais. Já a família de Vitória Pereira Boeira chora a perda de uma adolescente de quinze anos de idade, com menos espaço nos jornais, talvez por ser negra, ou por morar na Rubem Berta.
O fato é que, em que pese todos sejamos tributados, todos recebemos o mesmo tratamento pelo Estado: uma segurança eficaz no resguardo do Estado de nós os cidadãos contribuintes, mas absolutamente ineficaz no resguardo dos cidadãos que pagam as contas de um Estado cada vez mais caro. Alguns, como o funcionalismo público, mediante empréstimos concedidos pelo mesmo Estado que não os paga...Coisa de doido? Não, realidade pura.
Antes que os amigos policiais ( e tenho muitos, em relação aos quais posso atestar de olhos fechados quanto ao trabalho árduo e dedicação ) se ofendam e refiram que são mal remunerados e/ou dispõem de poucos recursos...SEI DISTO! E esta é a parte mais absurda da coisa: O cidadão entrega os recursos, o policial na outra ponta trabalha e algo ocorre no meio disto tudo que impede que os recursos sejam aplicados, que este trabalho seja em prol da comunidade e que recebamos o mínimo digno para, apesar das dificuldades de saúde, educação e remuneração, possamos pelo menos, caminhar pelas ruas sem temer um estupro, assalto e mesmo a morte.
O que nos tornou tão indiferentes, tão cansados, tão autocentrados, a ponto de achar bobagem a agressão à vida e à propriedade do outro?
Esperamos 50 min pela polícia e nada foi feito, nem mesmo nossos dados para registro quiseram tomar. Todos sabem que o local do assalto: Viaduto Ildo Meneghetti - Ramiro Barcelos é um recordista em assaltos, mas ninguém faz absolutamente nada.
 Se apenas 1/3 de policiais destacados para resguardar a Assembléia Legislativa do povo, fosse destacado para resguardar o povo dos criminosos, talvez a realidade fosse diversa."

1.11.15

Meus meninos!

Saci, Halloween ou réloin?



Porque será que comemorar "datas" é tão importante nos dias de hoje? A resposta é mais do que óbvia: para aumentar o consumo!
Nos dias das mães da minha infância fazíamos cartões carinhosos na escola, dia das crianças nem havia e, quando foi criado, não havia a obrigação de presentear, sem esquecer que o dia dos pais foi criado por um publicitário.
O Natal da forma como é comemorado hoje não é o Natal da minha infância. Os nossos natais se resumiam a um jantar especial (em que cada família escolhia o que iria comer) quando nos reuníamos para receber os presentes do Papai Noel. Se comia cedo, porque à meia-noite muitas pessoas iam à Missa do Galo e, naquele tempo, as crianças dormiam cedo. Este ridículo festival de verde e vermelho e esta correria ao comércio, não existia. Foguetes, então, nem pensar!  Mas, o Papai Noel já vinha de trenó e todo preparado para o inverno, o coitadinho.
Não sou saudosista, daqueles que suspiram pensando que o passado era melhor. Só acho que o passado era mais simples e mais barato.
Novembro era um mês sem comemorações e o “Dia de Finados” só dava dinheiro para as floristas. Então, inventemos uma data para movimentar o comércio: o Halloween! Estamos afundados na sociedade de consumo e na tal da globalização.
Se sou contra ou sou a favor de que se comemore o Halloween no Brasil? Nem sei mais... Só sei que continuo contra a sociedade de consumo e que não adianta nadinha eu ser contra! 

Mas acho uma grande injustiça com o Saci fazer o seu dia no mesmo dia do Halloween. Ele vai perder sempre porque no "dia do Saci" o que vão vender?

p.s.1 - pra quem acha que é "macaquice" dos brasileiros, aviso aos navegantes: no Japão, que não tem nada de anglo-saxônico, também se comemora.

p.s. 2 - na foto: Gabriel, um dos meus netinhos paulistas, em 2010. Em São Paulo o 31 de outubro é o "Dia do Saci" por lei estadual.


11.9.15

Tempos de Chile

Escrevi este texto há alguns anos e compartilho com vocês porque em um 11 de setembro, como hoje, o nosso sonho em comum da transição pacífica ao socialismo no Chile acabou com muita violência.

Concepción, 1972


Era julho de 1971 e a minha chegada à Concepción, vinda do Brasil, naquele sábado à tarde, foi assustadora.
Era inverno, fazia frio e chovia muito. Eu e meu companheiro Renato, fomos a uma reunião de estudantes da Universidad de Concepción, onde ele estudava.
Estávamos no sul do Chile e eu não conseguia entender quase nada do que os chilenos falavam. Era muito diferente do castelhano que eu tinha escutado e falado até aquele dia.
Lá pelas tantas, uma correria e alguns gritaram. O chão tinha dado uma tremidinha e este foi meu primeiro temblor.
Mas, não desanimei. Tinha 23 anos e uma vontade enorme de estar ali!

O Chile do Presidente Allende e da Unidad Popular era o sonho de todos os jovens de esquerda da América Latina (ou seria dos jovens de esquerda do mundo?).
O frio intenso, a chuva quase diária, os fortes ventos e os temblores logo entraram na nossa rotina e a comida e os hábitos diferentes também.
Os amigos foram sendo reencontrados e descobertos e a minha vida entrou num novo ritmo. 
Lá fui “dona-de-casa” pela primeira vez. Filha única de mãe filha única e única neta, vivendo na mesma casa com a avó e a bisavó, além dos pais, eu não tinha a menor ideia das tarefas que me aguardavam. Não sabia se alface se comia crua ou cozida... Hoje parece engraçado, mas quando li numa receita “sal a gosto”, e estava sozinha em casa, chorei porque não tinha a menor noção de que quantidade de sal deveria colocar!
Pois é, no início sofri um pouco, mas fui aprendendo. Por sorte, meu companheiro sabia cozinhar e conhecia melhor do que eu as lides domésticas!
Aprendi a cozinhar, a cuidar da casa e até a costurar à mão, coisa que faço até hoje.
Como é mesmo o ditado, “A dor ensina a gemer”? Ensina e eu sou testemunha disto.

Quando chegamos à Concepción éramos poucos brasileiros: Percy e Célia, Jun, Jaime, Bené, Lucio, Fred, Renato e eu. Jaime estava casado com Mitzi, uma chilena; Fred namorava Carmen, também chilena e Jun namorava a argentina Marta. Percy e Célia, já com filhos e um pouco mais velhos do que nós, eram a nossa família.
Depois, mais brasileiros foram chegando e se agregando à nossa pequena “colônia”.
Todos nós estávamos integrados à vida do Chile e à luta dos chilenos.
Eu me sentia chilena e acredito que a maioria de nós também se sentia!
Para mim foi um período de muita alegria, de aprender muito, de viver muito, de sentir muito, de conhecer muito e, principalmente, de estar fazendo parte!


Mas, infelizmente, depois do 11 de setembro de 1973, foi um período de sofrer muito.

23.5.15

Passeando por Madrid I

Divirtam-se!
É só clicar abaixo, no nome do álbum.
Espero que gostem dos nossos passeios (29 de abril a 1º de maio).
Maria Lucia
p.s. as fotos têm legendas.


23.3.15

Resposta para Eliane Brum



Gosto muito do que a jornalista Eliane Brum escreve, mas parece que política não é a praia dela!
Várias pessoas próximas a mim se impressionaram com a análise que ela fez numa publicação do "El pais" com o título: "A mais maldita das heranças do PT".
https://brasil.elpais.com/brasil/2015/03/16/opinion/1426515080_777708.html

Ela me decepcionou e, por isto, escrevi esta resposta que ela nunca vai ler, rsrsr.
Vamos lá!
..."quando movimentos como CUT, UNE e MST organizaram uma manifestação que, apesar de críticas a medidas de ajuste fiscal tomadas pelo Governo, defendiam a presidente Dilma Rousseff."
Quem esteve nas manifestações, como eu, viu que nem a CUT e nem o MST defendiam Dilma. Muito pelo contrário, cobravam pontos de suas próprias pautas, sem nenhuma palavra de apoio ao governo. Um representante da CUT de São Paulo declarou na TV que o movimento "não era nem contra e nem a favor do governo"...
..."em manifestações contra Dilma Rousseff articuladas nas redes sociais da internet"
TODO MUNDO sabe que as manifestações foram articuladas pelo PSDB (que declarou abertamente seu apoio), pela Rede Globo e pelo resto da mídia. A TV Globo e a Globo News, em toda a semana anterior ao ato, fizeram reportagens diárias em  seus telejornais. 
..."os que não foram (à manifestação do dia 13) apontam que o partido perdeu a capacidade de representar um projeto de esquerda – e gente de esquerda".
Baseada em que ela chega à esta conclusão?  

Sobre a manifestação coxinha:
"No mesmo sentido, pode ser muito arriscado acreditar que quem estava nos protestos neste domingo eram todos eleitores de Aécio Neves. A rua é, historicamente, o território das incertezas – e do incontrolável."
Ela vai de encontro a duas pesquisas:
1. em SP; " 82% se disseram eleitores de Aécio Neves";
2. em Porto Alegre: "76% responderam ter votado em Aécio Neves”;
3. quanto "A rua é, historicamente, o território das incertezas – e do incontrolável." ficou poético, mas nada a ver com a realidade!


"Há lastro na realidade para afirmar também que uma parte dos que só aderiram à Dilma Rousseff no segundo turno era composta por gente que acreditava em duas teses amplamente esgrimidas na internet às vésperas da votação...”.
Gostaria muito de saber, que lastro é este! E, parece que ela não se dá conta de que só uma parcela da população brasileira tem acesso à internet (em 2013 éramos 200,4 milhão de habitantes e até o final de 2014, era 107,7 milhões o total de internautas no Brasil).
"Faz sentido suspeitar que uma fatia significativa destes que aderiram à Dilma apenas no segundo turno, que ou esperavam 'uma guinada à esquerda' ou 'evitar o mal maior', ou ambos, decepcionaram-se com o seu voto depois da escolha de ministros como Kátia Abreu e Joaquim Levy, à direita no espectro político, assim como com medidas que afetaram os direitos dos trabalhadores. Assim, se a eleição fosse hoje, é provável que não votassem nela de novo."
Suposições e subjetividade parecem ser o forte dela neste texto: “os que não foram apontam que...”, “há lastro na realidade...”, “faz sentido suspeitar, se a eleição fosse hoje...”.
Eu também me indignei com a presença da Kátia Abreu e Levy no Governo Dilma, mas considerando que existem rumores de que a direção nacional do PT não está dando 100% de apoio ao Governo e que, infelizmente, sem estas alianças malditas seria impossível governar, engoli. No Chile, nos anos 70, queríamos que Allende avançasse mais do que estava avançando, mas passados os anos e lendo sobre o golpe, podemos concluir que ele foi até onde pode e no ritmo que a conjuntura permitia.
Referindo-se aos que não foram à manifestação da esquerda: “Mas também não havia (para eles) nenhuma possibilidade de andar junto com movimentos como CUT, UNE e MST, que para eles 'pelegaram' quando o PT chegou ao poder.”
Procurei no Google “MST pelego” e só achei matérias na Veja, do Marco Villa (Milenium), num site de malucos "revolucionários" que pediam "fora Dilma!" e por ai a fora.
Quanto à CUT, havia muita coisa na internet onde a acusam de pelego, mas me pareceu ser de sindicatos contrários à CUT.
"Mas, (Marina) fracassou na construção de uma alternativa realmente nova dentro da política partidária. Em parte por não ter conseguido registrar seu partido a tempo de concorrer às eleições..." "... e em parte por conta da campanha mentirosa e de baixíssimo nível que o PT fez contra ela; em parte por equívocos de sua própria campanha..."
Esta história de ”baixíssimo nível " é falaciosa. A Marina acusou o PT e a mídia tratou de espalhar. Ela fracassou porque nunca foi uma alternativa realmente nova e os equívocos de sua campanha, são seus próprios equívocos.
"A parcela de esquerda que não bateria panelas contra Dilma Rousseff, mas também não a defenderia, aponta a falência do PT em seguir representando o que representou no passado. Aponta que, em algum momento, para muito além do Mensalão e da Lava Jato, o PT escolheu se perder da sua base histórica, numa mistura de pragmatismo com arrogância."
Como ela se arvora a dizer o que pensa "uma parcela de esquerda"?
É obvio que o PT mudou e, infelizmente, mudou para pior. Com as coalizões que precisou fazer, em função da atual estrutura política brasileira, só poderia ter mudado para pior, se contaminado.
Quanto a perder sua base histórica por arrogância e pragmatismo, considero o pragmatismo extremamente necessário para conseguir, por exemplo, tirar o Brasil do Mapa da Fome da ONU. Quanto à arrogância, é um dos argumentos da direita que eu já li muitas vezes no Facebook e não levo a sério!
Sim, é verdade que o PT se perdeu de sua base histórica, mas não será por "falta de pernas"?
Quem eram as principais lideranças do PT e do movimento social ligado ao partido? Eram aqueles que foram ou são: ministros, deputados, secretários de estado, senadores, vereadores, segundo e terceiro escalão dos nossos governos... Restaram os quadros menos importantes, muitos deles sem uma grande capacidade de análise e sem a tão necessária visão da totalidade da política. 
"O partido das ruas perdeu as ruas – menos porque foi expulso, mais porque se esqueceu de caminhar por elas. Ou, pior, acreditou que não precisava mais."
Não creio que o PT tenha perdido as ruas! Se tivesse havido para o dia 13 a mesma campanha na mídia que houve para o dia 15, e se no dia 13 a manifestação fosse mesmo em apoio à Dilma, chamada pelo PT e não só pela CUT e pelo MST, certamente, muito mais gente estaria nas ruas! 
"Não adianta ficar repetindo que só bateu panela quem é da elite. Pode ter sido maior o barulho nos bairros nobres de São Paulo, por exemplo, mas basta um pequeno esforço de reportagem para constatar que houve batuque de panelas também em bairros das periferias." 
Mesmo fazendo um esforço de busca no Google, não achei nenhuma notícia sobre bateção de panelas nas periferias! 
"Ainda que as panelas batessem só nos bairros dos ricos e da classe média, não é um bom caminho desqualificar quem protesta, mesmo que você ou eu não concordemos com a mensagem, com termos como 'sacada gourmet' ou ‘panelas Le Creuset’"
Eu desqualifiquei e vou dizer o porquê.
Foi no Chile que houve a primeira manifestação chamada "Ollas vacias". O motivo era a falta de produtos nos supermercados, produtos estes que estavam sendo escondidos pelos que queriam a queda de Allende. As gôndolas ficaram vazias e isto foi muito bem explorado pela imprensa (sempre ela!). Portanto, mesmo sendo um movimento da burguesia e da classe média, era um movimento que pedia comida, na maioria das vezes sem entender porque faltava! 
obs. nos dias seguintes ao golpe, as gôndolas estavam novamente cheias! E, nesta questão, Edgar Vasques fala por mim:



"Pessoas as quais é preciso respeitar mais pelo seu passado do que pelo seu presente ficaram repetindo na última semana que quem era contra o PT não gostava de pobres nos aeroportos ou estudando nas universidades, entre outras máximas. É fato que existem pessoas incomodadas com a mudança histórica que o PT reconhecidamente fez, mas dizer que toda oposição ao PT e ao Governo é composta por esse tipo de gente, ou é cegueira ou é má fé."
Pelo menos, entre os meus amigos e parentes que apoiaram a manifestação contra o governo, TODOS são contra as cotas, acham que deve-se ensinar a pescar ao invés de dar o peixe, foram contra a vinda dos médicos cubanos e não se misturam com o "andar de baixo".
"É também por isso que me parece que o grande problema para o PT não é quem foi para as ruas no domingo, nem quem bateu panela, mas quem não fez nem uma coisa nem outra, mas também não tem a menor intenção de apoiá-lo, embora já o tenha feito no passado ou teria feito hoje se o PT tivesse respeitado as bandeiras do passado. Estes apontam o que o PT perdeu, o que já não é, o que possivelmente não possa voltar a ser."
“não tem a menor intenção de apoiá-lo”,  estes apontam o que o PT perdeu" e com que base, pergunto de novo, ela faz estas afirmações?
"Mas ser um partido ‘ético’ era um traço forte da construção concreta e simbólica do PT, era parte do seu rosto, e desmanchou-se. Embora ainda existam pessoas que merecem o máximo respeito no PT, assim como núcleos de resistência em determinadas áreas, secretarias e ministérios, e que precisam ser reconhecidos como tal, o partido traiu causas de base, aquelas que fazem com que se desconheça."
Não foi o partido quem traiu, mas sim alguns poucos militantes do partido que faziam parte do Governo. O trabalho da mídia para transformar o PT no "partido da corrupção" deu tão certo que ninguém mais dá bola para as denuncias de corrupção em outros partidos!
O DEM, o PMDB, o PSDB, nesta ordem são os partidos mais corruptos do Brasil, mas para uma grande parte dos brasileiros só o PT (que é o nono da lista) é corrupto
 "Sobre a usina hidrelétrica já pesa a denúncia de que só a construtora Camargo Corrêa teria pago mais de 100 milhões em propinas para o PT e para o PMDB. É para Belo Monte que o país precisaria olhar com muito mais atenção. É na Amazônia, onde o PT reproduziu a visão da ditadura ao olhar para a floresta como um corpo para a exploração, que as fraturas do partido ao chegar ao poder se mostram em toda a sua inteireza."
Ela repete literalmente a forma de agir da imprensa dita livre (de propriedade de poucas e abastadas famílias), já que a acusação sobre a Camargo Corrêa faz parte dos vazamentos seletivos de uma "delação premiada" sobre a qual não há nenhuma prova.
Sobre a Amazônia, confesso que pouco conhecia os dados, mas fiquei muito faceira quando encontrei isto: " Brasil é exemplo de sucesso na redução do desmatamento, diz relatório da ONU", em 2014.
"Essas pessoas se sentem traídas porque o partido rasgou suas causas e se colocou ao lado de seus algozes... Algumas dessas pessoas choraram neste domingo, dentro de casa, ao assistir pela TV o PT perder as ruas, como se diante de um tipo de morte."
"Era o partido ‘diferente’. Quem acreditou no PT esperou muito mais dele, o que explica o tamanho da dor daqueles que se desfiliaram ou deixaram de militar no partido. A decepção é sempre proporcional à esperança que se tinha depositado naquele que nos decepciona."
Afinal, quem são "estas pessoas", serão os conhecidos e amigos dela? E quantos militantes se desfiliaram?
Quanto a deixar de militar, eu fiz isto, mas não por desilusão com o partido. Não milito como antes porque creio que os atuais líderes do PT não sabem mais o que é isto!
 "O PT deve à sociedade brasileira um ajuste de contas consigo mesmo, porque o discurso dos pobres contra ricos já virou fumaça. Não dá para continuar desconectado com a realidade, que é só uma forma estúpida de negação."
O PT não deve nada à sociedade! O PT deve a nós, seus militantes, uma autocrítica ou uma "refundação" como queria o Tarso Genro. Mas, nunca porque "o discurso dos pobres contra ricos já virou fumaça".
"É cegueira ou é má fé" dizer que pobres e ricos não têm diferentes interesses e oportunidades, o que, muitas vezes, os deixa em lados opostos.
Enfim, acho que todas as conclusões dela são baseadas em "achismo" e no é dito pela imprensa golpista! 
Uma pena...