18.11.19

Foi só um dia da minha vida, mas que dia...


O dia foi 14 de novembro de 2019, quinta-feira passada.


Capítulo I 

Moro em Florianópolis, estava em Porto Alegre e às 7 e 35 eu deveria estar no Aeroporto para embarcar no voo da Azul que sairia às 8 e 35. Saí da cama às 6 e 15 min, ainda cansada por ter dormido pouco e pela correria dos dias anteriores (formatura do neto Marcelo em Capão da Canoa, arrumações e vários outros eteceteras). 

Ás 10 para às 7 chamei um carro pelo aplicativo “99” que demoraria 12 min. Um pouco demais para o meu gosto, mas tudo bem. Quando cheguei no hall do prédio vi que chovia a cântaros e que eu não teria como chegar na portaria sem me molhar toda. Por sorte, uma moça simpática me deu carona no guarda-chuva dela.

O aplicativo agora me informava que ainda faltavam 9 min. para o carro chegar. Com surpresa, às 7 e 1 vi que faltavam 12 min. Comecei a me preocupar, mas como às 7 e 3 faltavam só 5 min, fiquei tranquila. 

Lá pelas tantas me dei conta de que já havia passado um tempão, o carrinho do aplicativo estava parado e o tempo não diminuía (faltavam 2 min). Já eram 7 e 10 e mandei uma mensagem para o motorista perguntando se estava vindo. Nada de resposta e, em seguida, apareceu na tela um aviso:“esta corrida foi encerrada”. Pânico total!

Chamei outro que está a 8 min. de distância e me mandou uma mensagem dizendo que está a caminho.O filho Miguel ligou para saber se está tudo bem. Contei o drama e ele decidiu chamar um Uber. Me explicou que com uma chuvarada daquela fica muito difícil conseguir um carro em Porto Alegre, portanto, estou frita.

Cancelo a corrida do “99”, já que o carro do Uber chegará em 3 min. e pago R$ 5,00 de multa. Oba chegou e no horário previsto! Seguia chovendo a cântaros. A motorista desceu do carro para colocar a bagagem no porta-malas e oba, lá vamos nós! Só que não. A moça não encontrou a chave do carro que deveria estar na ignição e não estava. Intermináveis minutos (ou segundos?) depois a chave foi encontrada no chão da parte traseira do carro. São umas 7 e 20 e agora sim: oba! Não havia como chegar às 7 e 35 no aeroporto, mas não tinha como desistir.

Capítulo II

Lá vamos nós, por ruas congestionadíssimas e por lugares que eu não conhecia. Não tenho a mais mínima ideia de qual foi o trajeto que fizemos. O filho Miguel vai me tranquilizando pelo telefone.
A esperança é a última que morre, não é? Pois é, afinal eu já tinha feito o checkin, mas tinha uma mala para despachar... Enfim, sejaláoquedeusquiser!

Chegamos ao aeroporto, desci, caminhei alguns quilômetros lá por dentro (pelo menos me pareceram quilômetros) e cheguei no balcão da Azul. Uma senhora, que já estava atendendo um casal que também chegou atrasado, tentava se comunicar pelo rádio com alguém para ver se poderíamos embarcar. Este alguém não respondeu, ela sentiu muito e acabou-se o que era doce, perdemos o voo.

Capítulo III

Eu estava com fome sem o café da manhã, mas precisava comprar uma passagem para o próximo voo da Azul, já que as outras companhias não têm voo direto. Valor da passagem para o próximo voo: a bagatela de R$ 1400,00.

Não tinha o que fazer a não ser pagar. Eu já havia visto que só na metade da semana seguinte o valor seria menor e eu precisava voltar para casa.
Nunca ponho $ fora, uma vezinha não traria grandes problemas. A funcionária ficou penalizada quando ouviu o relato das minhas peripécias e resolveu consultar a sua supervisora.
Moral da história: não precisei pagar nadinha e viva a Azul!

Capítulo IV

O próximo voo sairia às 12 e 50. Tomei um café com pão de queijo por R$ 22,00 (preço padrão aeroporto) e fiquei me bobeando no celular. Às 11 hs já não sabia mais o que fazer e só queria dormir. Infelizmente, no aeroporto não tem cama e nem sofá e também não tem restaurante, só Subway. Comi um sanduíche e o sono passou (sabe-se lá o que uma coisa tem a ver com a outra) e daí pra frente foi tudo normal.

Capítulo V

Enfim chego a Florianópolis, o Xico está me esperando e fomos para casa sem escalas. Eu era só alegria!

Sai de Porto Alegre com dois livros na mão e dentro de um deles coloquei a carteira de motorista para facilitar na hora do embarque. Em casa, procurei os livros e não achei.

Fui dormir um pouco para descansar. Pensaria nisso depois.

Capítulo VI

Como não sei se deixei os livros no avião ou no aeroporto, acessei o site da Azul. Liguei para um 0800 que estava indicado no “Fale conosco” e depois de digitar uns seis ou sete números, vi que por aquele canal eu não conseguiria resolver porque nenhum ser humano atendia. 

Lembrei do aplicativo, baixei e lá tinha um chat. Oba! Oba nada, depois de uns 10 min de “papo” descobri que teria que ir até o aeroporto para saber se acharam os livros e a CNH.
Resmunguei, reclamei e no final da conversa pedi o telefone da ouvidoria. Liguei e, depois de eu digitar vários números, um ser humano me atendeu. Repetiu o que já tinham me informado no chat e tive um chilique. Resolvi registrar uma reclamação sobre ter que ir ao aeroporto para saber se os objetos foram achados ou não.

Depois disso, me passaram o número do telefone do setor de achados e perdidos da Azul no aeroporto de Florianópolis (que já poderiam ter passado antes, né?). Liguei duas vezes e uma gravação me disse que o telefone estava programado para não receber chamadas. Desisti da Azul e resolvi ligar para o aeroporto. Depois de digitar vários números fui informada pela gravação que deveria enviar um e-mail. Cansei.

Capítulo VII

Depois de 40 minutos em um chat no whatsapp tive sucesso, mas isto é outra história! Boa noite.

p.s.1- sei com exatidão os horários porque costumo fazer print da tela quando chamo carro de aplicativo;

p.s.2- no dia seguinte, recebi um telefonema de um funcionário da Azul, muito simpático, pedindo esclarecimentos sobre a “ocorrência”. 

Me prometeu uma resposta até segunda dia 18 de novembro.

p.s.3 - a resposta nunca veio, rsrs


O novo aeroporto de Florianópolis está lindo!